terça-feira, 1 de setembro de 2009

BENTO XVI É FIEL AO CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II

No último dia 28 de agosto de 2009, sexta-feira passada, a Rádio Vaticana publicou um texto salientando a fidelidade do Papa Bento XVI ao Concílio Ecumênico Vaticano II. De acordo com a publicação “para compreender a ação de governo do Papa Bento XVI é necessário retomar a sua história pessoal e, uma vez eleito papa, o discurso de início de pontificado e os atos precisos desejados e assinados por ele (e muitas vezes pacientemente explicados)”.

Percebe-se, deste modo, a necessidade de olhar para o conjunto das palavras e das ações do Santo Padre, bem como seu histórico de serviço à Igreja, antes de tecer quaisquer comentários não muito objetivos acerca do mesmo. Uma palavra mal dita, mesmo que bem intencionada e sem maldade, pode trazer prejuízos ao caminho de amor e serviço escolhido não só pelo pontífice, mas por qualquer pessoa. Por isso a Rádio Vaticana teve a preocupação de prestar este esclarecimento sobre o governo pastoral de Bento XVI que, com todo seu conhecimento e sabedoria, vem dando novo impulso à missão da Igreja, chamada a viver concretamente sua unidade e fidelidade em Cristo Jesus.


Diz ainda a publicação que “As demais elucubrações e os sussurros sobre presumíveis documentos de marcha a ré são mera invenção segundo um clichê estandardizado e obstinadamente reproposto”. Diante de tais suposições, é preciso olhar para as direções propostas pelo Sumo Pontífice e analisá-las à luz dos documentos de Concílio, percebendo sua correspondência. A este propósito, o Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado, em entrevista ao L´Osservatore Romano, assegura a fidelidade do papa ao Concílio Vaticano II na reforma da Igreja iniciada pelo pontífice .


A intenção não é desfazer, mas reafirmar o concílio no presente da história. O momento é de se continuar a caminhada da Igreja Católica, não de retroceder. Porém este avanço deve ser fiel à Tradição, uma vez que o concílio jamais teve como preocupação romper com a mesma, mas trazê-la para o presente moderno. Ser fiel ao Concílio Vaticano II não significa descaracterizar a identidade mais profunda da Igreja, mas buscá-la em sua objetividade, o mais fiel possível a sua Tradição, desenvolvida e transmitida através dos mais de 2.000 anos de história da Igreja.


Dessa forma se entende que, como quer mostrar a Rádio Vaticana, o Papa Bento XVI deseja, através de seu governo, não romper ou desfigurar a Igreja, mas justamente não permitir que tal ocorra. O caminho é recuperar de modo criterioso e prudente as propostas do concílio, iniciado pelo saudoso Papa João XXIII e concluído pelo também saudoso Papa Paulo XVI, com a participação dos padres conciliares, delegados e peritos do mundo inteiro, inclusive o então Padre Josef Ratzinger, hoje Bento XVI, que participaram desta significativa aurora para a Igreja. O Santo Padre, por ter participado do concílio, entende muito bem do mesmo e é muito seguro deste importante evento eclesial, por ele vivenciado bem de perto.


Por fim, a Rádio Vaticana lembra alguns elementos importantes da entrevista concedida pelo Cardeal Bertone, como: “os passos avante no diálogo com as Igrejas ortodoxas, com o judaísmo e com o islamismo, “com uma grande reciprocidade” e “respostas e aprofundamentos nunca antes verificados, purificando a memória e abrindo-se às riquezas do outro”. Quanto à reforma da Igreja, “Bento XVI nos chamou à fonte da Palavra de Deus, à lei evangélica e ao coração da vida da Igreja: Jesus. Com o livro Jesus de Nazaré e com o segundo que está preparando, o papa nos faz um grande dom e reafirma a sua precisa vontade de fazer de Cristo o coração do mundo”. Estes temas propostos pelo papa e aqui recordados pelo Cardeal Bertone deixam evidentes no governo de Bento XVI temas muito caros ao Concílio Vaticano II que, para o papa, merecem ser retomados e recolocados em nossos dias.

Neste tempo crucial de nossa história, rezemos pelo nosso querido pontífice e por toda a Igreja, espalhada no mundo todo, para que seja cada vez mais fiel ao Cristo e assuma, em todas as dimensões, sua missão: evangelizar.


Padre Marcos Radaelli

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