domingo, 30 de agosto de 2009

"PADRES E BISPOS" NÃO CATÓLICOS - EVITAR CONFUSÃO

Não há pouco tempo, temos testemunhado a presença de bispos e padres supostamente ou com aparência de ministros ordenados da Igreja Católica Apostólica Romana marcando presença em muitas cidades e divulgando seus trabalhos através dos meios de comunicação. Apenas aparência, pois não o são de fato.

Em virtude disso faz-se necessária uma exortação ao povo católico para que não se confunda com as aparências. Estes supostos bispos e padres aparecem freqüentemente nos meios de comunicação (rádio, jornais, internet, etc.), muitas vezes oferecendo serviços religiosos, como missas (às vezes de “cura e libertação”), batizados, casamentos, bênçãos, crismas, exorcismos e outros. Estes sacramentos ou sacramentais, perante as Leis da Igreja Católica Apostólica Romana não são válidos nem lícitos, e não passam de mera simulação. Além do mais, nenhum ministro não católico tem autorização para utilizar os rituais próprios para celebrações litúrgicas católicas.

Uma grande dificuldade é reconhecer a diferença, uma vez que tais igrejas se apropriam dos elementos simbólicos tradicionalmente presentes na Igreja Católica, como as vestes próprias para os padres e bispos (túnica, estola, alva, casula, mitra, báculo, solidéu, etc), imagens de santos (Nossa Senhora Aparecida, Santo Expedito, Senhor Bom Jesus, Santa Cruz, etc.), material para missa (cálice, âmbulas, hóstias, alfaias, etc.), água benta, celebrações (Semana Santa, festa de santos e datas comemorativas), bênçãos (da saúde aos enfermos, objetos, documentos, etc.), exéquias (funerais), dentre tantos outros elementos que causam confusão em nosso povo.

Por estes motivos, quando houver dúvidas sobre a autêntica identidade destes padres e bispos, ou seja, se não houver certeza de que pertencem e estão em plena comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana, convém procurar esclarecer-se a respeito, seja informando-se com algum outro sacerdote ou diretamente na cúria diocesana.

Este cuidado evitará futuros inconvenientes, pois, muitas pessoas buscam receber os sacramentos nestas igrejas, sobretudo pela facilidade (quase sem critérios) com que são administrados, principalmente casamentos e batizados. Como dissemos, estes sacramentos, perante as Leis da Igreja Católica, não são válidos.

Além disso, deve-se considerar que não é de praxe que padres e bispos católicos publiquem anúncios em jornais, revistas e na Internet, oferecendo serviços religiosos, seja qual for, inclusive cobrando taxas altas, muito acima dos emolumentos ou colaborações normalmente pedidas e previamente determinadas por cada diocese. Também não é usual que padres e bispos verdadeiramente católicos administrem sacramentos fora do território de suas paróquias ou dioceses sem que tenham antes solicitado autorização do ordinário local. Assim, por exemplo, um padre não pode sair de sua paróquia e celebrar missas ou casamentos em outra, mesmo que seja vizinha, sem que o bispo, o vigário episcopal ou o pároco local o tenha autorizado.

Vivemos num país onde existe liberdade de culto ou de prática religiosa. Estas igrejas tem, perante as leis do país, o direito de existir, e este artigo não tem, em hipótese alguma, a intenção de atacar ou tolher os direitos que possuem. Porém, pela confusão que muitas vezes o uso de títulos e elementos pertencentes à tradição católica podem causar, é necessário que os pastores (padres e bispos) exerçam seu ofício de zelar pelos que lhes são confiados, esclarecendo as dúvidas, evitando que se percam ou abandonem a plena comunhão com a verdadeira Igreja Católica, agindo em conformidade com a imagem de Jesus Cristo Bom Pastor. Dessa forma, não podem os ministros católicos omitir-se diante do fato de que muitos de seus fiéis freqüentem por engano tais igrejas, embora se deva respeitar a decisão dos acatólicos que participam de tais cultos, agindo segundo sua consciência e em total liberdade.

É preciso, enfim, que cada fiel tenha consciência disso e esclareça os que lhe são próximos para evitar quaisquer inconvenientes, presentes ou futuros, e a fim de que permaneçam em total comunhão com a Igreja.


Que o Senhor Deus da vida derrame sobre todos vós a sua bênção!
PADRE MARCOS RADAELLI

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