sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Restituta Kafka Irmã Maria Resoluta

Caros leitores:

Neste dia 30 de outubro, a Igreja recorda do testemunho de Restituta Kafka - Irmã Maria Resoluta.


Vejamos um pouco do grande testemunho de vida cristã que nos deixou esta santa mulher:


"No dia 1º de maio de 1894 nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo a região se chamava Morávia que estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. No ano de 1896, a família Kafka se transferiu para Viena, capital do Império.Helene concluiu os estudos com o diploma de enfermeira e o desejo de se tornar religiosa. Inicialmente ela se conformou com a negativa dos pais, mas ao completar vinte anos, ingressou na congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, com a benção da família. Como religiosa adotou o nome de sua mãe e o de uma mártir do primeiro século. Assim passou a se chamar irmã Maria Restituta.Porém, logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor.Irmã Restituta durante muitos anos serviu a Deus nos doentes, pelos quais se dedicou incansavelmente. Em março de 1938, Hitler mandou o exercito ocupar a Áustria. Viena se tornou uma das bases centrais do comando nazista alemão. Irmã Restituta se colocou logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de mostrar que sendo favorável à vida não apoiaria jamais ao nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço.Por isto, quando os nazistas retiravam o Crucifixo também das salas de cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando o comando e os soldados nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", os nazistas a eliminaram. Foi presa em 1942. Para ela, que era chamada irmã "Resoluta", a prisão se tornou uma espécie de lugar de graça, para honrar o nome com que se tinha consagrado: Restituta, aquela que foi restituída para Deus. Por isto, olhando para a força redentora da Cruz, sua consciência da Vida Eterna se tornou mais verdadeira no coração. A coragem que lhe era própria se tornou mais firme.Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer. Em 30 de março de 1943, foi decapitada. Para as franciscanas mandou uma mensagem: "Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". E na frente dos assassinos nazistas, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, irmã Restituta disse ao capelão: "Padre, me faça na testa o sinal da Cruz".O papa João Paulo II elevou a Irmã Maria Restituta Kafka ao altar para ser reverenciada como Beata no dia 30 de outubro, em 1998 em Viena, Áustria" (cf. catolicanet.com).

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PROGRAMAÇÃO DAS MISSAS PARA O DIA DE FINADOS NO CEMITÉRIO SAUDADES - LIMEIRA-SP

Caros leitores:

No próximo dia 02 de novenbro, segunda-feira, a Igreja celebra a COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS.


Segue a programação de missas no Cemitério Saudades, da cidade de Limeira - SP, para que os fiéis que costumar ir ao local neste dia possa também se organizar de modo a participarem da celebração da Santa Missa:


07h00
Padre Alcides de Souza (Catedral)


08h00
Padre João Delmiglio (Paróquia São José)


09h00
Padre Vítor (Paróquia Jesus Cristo Bom Pastor)


10h00
Padre Arlindo de Gaspari (Paróquia Santa Teresinha)


11h00
Padre Israel Alves de Souza (Paróquia S. Jorge)


12h00
Padre Cláudio Bertin (Paróquia São Sebastião)


15h00
Horário ainda não confirmado


16h00
Padre Alcides de Souza (Catedral)


17h00
Padre Reynaldo F. .de Melo (Paróquia N. S. Aparecida)





Todas as Missas serão celebradas na CAPELA JESUS CRUCIFICADO, que se localiza dentro do cemitério Saudades de Limeira.




Padre Marcos Radaelli

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PAPA BENTO XVI NOMEIA NOVO BISPO AUXILIAR PARA A ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO - Padre Milton Kenan Júnior

Caros leitores:

Hoje, 28 de outubro de 2.009, o Santo Padre, Papa Bento XVI, nomeou o Exmo. e Revmo. Padre Milton Kenan Júnior bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.

Segundo informações, a nomeação aconteceu em virtude de uma solicitação de S. Eminência Revma. Dom Odilo Pedro Scherer, DD. Cardeal Arcebispo de São Paulo – SP.

Com mais um bispo, será seis o número dos bispos auxiliares da arquidiocese, que já há muito tempo conta com a presença de mais bispos para o governo pastoral desta grande metrópole e capital do estado.

Confira, na íntegra, a notícia publicada no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):


O papa Bento XVI nomeou nesta quarta-feira, 28, o padre Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP). A solicitação foi feita pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, que a partir de agora contará com a colaboração de seis bispos auxiliares.
Padre Milton, 46, atualmente é pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Bebedouro (SP), na diocese de Jaboticabal (SP). Concluiu o curso de filosofia no Centro de Estudos da arquidiocese de Ribeirão Preto e teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Na Pontifícia Faculdade de Espiritualidade Teresianum, em Roma, fez o mestrado em Teologia Espiritual.
Entre outras atividades pastorais e acadêmicas, padre Milton foi vigário paroquial nas paróquias de São João Batista e Nossa senhora Aparecida de Bebedouro, entre os anos de 1987 e 1995; vice-presidente da Comissão Regional de Presbíteros (Sul 1) de 1990 a1994; diretor e professor do instituto de filosofia e teologia Nossa Senhora do Carmo, em Jaboticabal (2001 – 2008) e pároco da catedral diocesana de 2001 a 2008. Foi também coordenador de pastoral e vigário episcopal da diocese de Jaboticabal (1998-2001) e membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores
” (cf. www.cnbb.org.br).

SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS - MEMÓRIA FESTIVA

Caros leitores:

Hoje, 28 de outubro, a liturgia celebra a memória festiva de duas personagens importantes no calendário litúrgico: São Simão e São Judas Tadeu, apóstolos e mártires.

A Igreja celebra e venera festivamente a festa dos apóstolos desde sua antiguidade, colocando em relevo aqueles que primeiramente assumiram a missão na Igreja ainda em seus inícios e assumiram a responsabilidade de transmitir a fé.

Vejamos um pouco da biografia destes dois santos:

São Simão:
Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia inclusive recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus (10, 4) e Marcos (3,18). Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referencia à Canaã, a terra de Israel. Mas quando Lucas no seu evangelho o chama de "o zelote" (Lc 6, 15) parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores. Como se vê, Jesus queria mesmo um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época. Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o evangelho sem nada levar consigo. Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus. Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e desde então viajaram juntos. Percorreram as doze províncias do império persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras. Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa. Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107 durante o governo do imperador Trajano, tinha então cento e vinte anos de idade.

São Judas:
Judas, apóstolo que celebramos hoje, para não ser confundido com Judas Iscariotes, "apóstolo da perdição", o traidor de Jesus, foi chamado nos evangelhos de Judas Tadeu. O nome Judas vem de Judá e significa: festejado. Tadeu, quer dizer: peito aberto, destemido, melhor ainda, magnânimo. Era natural de Caná da Galiléia, na Palestina. E filho de Alfeu também chamado Cléofas e de Maria Cléofas, ambos parentes de Jesus. O pai, Alfeu, era irmão de São José; a mãe, Maria Cléofas, prima irmã de Maria Santíssima. Portanto, Judas era primo irmão de Jesus e irmão de Tiago, chamado o Menor, também discípulo de Jesus. Os escritos cristãos dessa época revelam mesmo esse parentesco, uma vez que Judas Tadeu seria um dos noivos do episódio que relata as bodas de Caná e, por isso, Jesus, Maria e os apóstolos estariam lá. Na Bíblia ele é citado pouco, mas de maneira importante. No evangelho de Mateus, 10,4 vemos que Judas Tadeu foi escolhido por Jesus. Enquanto nas escrituras de João, ele é narrado mais claramente (Jo 14,22). Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: "Mestre, por que razão deves manifestar-te a nós e não ao mundo?" Jesus lhe respondeu que a verdadeira manifestação de Deus está reservada para aqueles que o amam e guardam a sua palavra. (Jo 14,23). Também faz parte do Novo Testamento a pequena Carta de São Judas, a qual traz os fundamentos para perseverar no amor de Jesus e adverte contra os falsos mestres. Após ter recebido o dom do Espírito Santo, Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galiléia. Realizou inúmeros milagres em sua caminhada pelo evangelho. Depois foi para a Samaria e próximo do ano 50, tomou parte no primeiro Concílio, em Jerusalém. Em seguida, continuou a evangelizar na Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia, onde encontrou Simão, e passaram a viajar juntos. Conta a tradição que percorreram juntos as doze províncias do império persa, nas quais converteram muitos pagãos. Ainda segundo essa fonte os dois apóstolos foram torturados e mortos no mesmo dia, por pagãos perseguidores. Por isso a Igreja manteve a mesma data para as duas homenagens. Ao certo o que sabemos é que o apóstolo Judas Tadeu se tornou um mártir da fé, isto é morreu por amor a Jesus Cristo. A sua pregação e o seu testemunho eram tão intensos que pagãos se convertiam. Os sacerdotes pagãos furiosos mandaram assassinar o apóstolo, a golpes de bastões, lanças e machados. Tudo teria acontecido no dia 28 de outubro de 70. Os restos mortais, guardados primeiro no Oriente Médio e depois na França, agora são venerados em Roma, na Basílica de São Pedro. Considerado pelos cristãos o Santo intercessor das causas impossíveis, foi a partir da devoção de Santa Gertrudes que essa fama ganhou força no mundo católico. Ela em sua biografia relatou que Jesus lhe aconselhou invocar São Judas Tadeu até nos "casos mais desesperados". Depois disso aumentou o número de devotos do seu poder de resolver as causas que parecem sem solução. Diz a tradição que não há um devoto que tenha pedido sua ajuda e não tenha sido atendido. A festa de São Judas Tadeu é celebrada no dia 28 de outubro, tanto na Igreja ocidental como na oriental. No Brasil é um evento que altera toda a rotina do país, pois são multidões de católicos que querem agradecer e celebrar o querido santo padroeiro nas igrejas
” (cf. catolicanet.com).

SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS, ROGAI POR NÓS!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A QUE COMPARAR O REINO DE DEUS? - Refletindo Lc 13,18-21

Caros leitores:

Nesta terça-feira, 27 de outubro de 2.009, 30ª Semana do Tempo Comum, gostaria de partilhar uma pequena reflexão sobre a leitura do Evangelho segundo Lucas (13,18-21), indicada para hoje.

Antes disso, convém ler esta bela e profunda página do Evangelho:

Naquele tempo, Jesus dizia ainda: A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta, e que cresceu até se fazer uma grande planta e as aves do céu vieram fazer ninhos nos seus ramos. Disse ainda: A que direi que é semelhante o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha e toda a massa ficou levedada”.

Estas duas parábolas, como o leitor pode conferir, são expostas de forma muito simples e de fácil compreensão. São até muito bem conhecidas nas comunidades, pois falam de modo figurativo e envolvente da realidade do Reino de Deus. Percebemos isso à medida que o texto é redigido de modo empático com a vida do povo, à quem a mensagem é remetida. Trata-se de imagens da vida cotidiana do povo simples da época de Jesus: de um lado, a realidade agrícola e, de outro, a vida doméstica. Quanto esta passagem do Evangelho cita palavras como semente, árvore, jardim, fermento, massa, farinha, torna-se muito mais compreensível para o povo envolto por tais elementos. Com isso, o reino vai aos poucos se tornando presente na vida, nos relacionamentos, nas estruturas daqueles que são chamados a ser discípulos de Jesus e a colaborar com a difusão do Reino.

Além de ser uma mensagem compreensível para os simples, o texto representa um verdadeiro paradoxo para aqueles que não compreendiam a natureza do Reino que Jesus veio trazer. E tudo isso porque a tradição israelita aspirava por um reino bem diferente daquele que o Senhor trouxe. Esperavam uma realidade que se igualasse a um reino de imponência, de grande poder, que estendesse seu domínio a toda a terra. Que grande decepção tiveram os que compreendiam o reino desse modo. Jesus compara o Reino, que eles esperavam, com a semente de mostarda e com o fermento colocado na massa. De um lado, uma simples hortaliça muito comum nas margens do Mar da Galiléia ou nos jardins residenciais, cuja semente pode crescer, embora seja muito pequena, e atingir alturas superiores a 3 metros e pode acolher em seus ramos as aves que vem ai construir seus ninhos. De outro lado, o fermento, que, no uso culinário, é colocado em pequenas porções e misturado com a farinha, de modo a fazê-la crescer, embora ele mesmo não possa mais ser visto.

São duas formas de falar do Reino, mas não nos moldes ou categorias de poder e ostentação muito presentes nas expectativas da época. As imagens da semente de mostarda e do fermento na massa revelam o potencial intrínseco que possui o Reino de ir se espalhando, acolhendo e transformando a realidade, tornando-a mais conforme a vontade de Deus. E dá até pra compreender o porquê de fazer desse jeito. Basta pensar na realidade do cristianismo nascente das primeiras décadas, tempo em que, aliás, o Evangelho segundo Lucas foi redigido. Tratava-se de uma Igreja nascente, cujas estruturas internas e doutrina ainda não estavam definidas totalmente, o que só ocorreria no decorrer dos anos. De um lado, a presença do Judaísmo e dos cristãos que ainda estavam atrelados à antiga religião, embora recém convertidos ao cristianismo. É um conflito natural do que representa a tradição com a novidade trazida por Jesus. Os cristãos ainda eram poucos e tudo passava a ser diferente na vida deles. Além disso, as perseguições do Império Romano devem ser levadas em conta. Quando as comunidades eram obrigadas a viverem escondidas para suas reuniões, orações, etc. então o desafio de anunciar o que Jesus trouxe era muito maior e tinham que achar uma forma de fazê-lo, mesmo que muitas vezes sem serem notados.

Vejam, caros leitores, que a Igreja tem um início marcadamente modesto. Mas, apesar das dificuldades ou mesmo diante do sentimento de impotência diante dos poderes deste mundo, os princípios do Reino iam aos poucos sendo assimilados pelos cristãos dos primeiros tempos. Através deles, o Reino revelava sua capacidade de transformar o mundo. Com a parábola da semente de mostarda, entendemos a insignificância que tinha o reinado de Deus diante do contexto da época, mas aos poucos, estendendo seus ramos, crescia e acolhia a todos, sejam os judeus convertidos ou mesmo os pagãos que, reconhecendo o messianismo de Jesus, sentiam-se chamados à dele participarem. Já com a parábola do fermento na massa, pensamos nos cristãos que eram obrigados a viver sua fé de modo oculto, no anonimato, caso contrário seriam abatidos pelas duras perseguições contra eles investidas, sobretudo pelo império. Nem por isso deixaram de ser testemunhas e, correndo o risco de serem descobertos e mortos, agiam no mundo da época muitas vezes sem serem notados, porém levando a Boa Nova do Reino que, com sua eficácia, ia transformando a realidade, assim como o fermento misturado na massa pela mulher torna-se invisível, mas é capaz de transformar e fazer crescer toda a massa.

Ambas as parábolas falam da eficácia que o Reino possui de crescer e transformar a sociedade, mesmo que seja em meio a grandes oposições, perseguições violentas ou outras dificuldades enfrentadas por Jesus e por aqueles que, em toda a história da Igreja, se propõem segui-lo.

A cultura ocidental atual coloca os cristãos numa situação não muito diferente, embora, é claro, com características próprias a este tempo. Muitas vezes nossas comunidades tem a sensação de serem minoria, sobretudo quando pensam a proliferação de outras formas de religiosidades, inspiradas ou não no cristianismo ou mesmo o abandono de qualquer sentimento de pertença à uma religião. Convivemos com o fenômeno da secularização e da re-sacralização quase que simultaneamente. Se muitos se auto-denominam ateus, outros buscam uma prática religiosa, porém construída segundo sua subjetividade e sem quaisquer vínculos institucionais. Claro que muitas dessas religiões acabam tendo orientação muito distinta do ideal cristão e respondem apenas à uma carência emocional do indivíduo. São, portanto, desprovidas do potencial transformador do Reino de Deus, que cria uma mentalidade e renova as estruturas sociais. É uma fé descompromissada com a história, incapaz de libertar integralmente a pessoa e conduzir para a salvação. Uma religiosidade assim construída é muito oportuna para as instâncias de poder opressor que não reconhecem, por exemplo, o verdadeiro valor da vida. Muito bem vinda para estes é uma religião que não luta por um mundo melhor, que não organiza o povo para requerer seus direitos ou para ter respeitado seus valores e crenças, e isso tudo porque não interfere, não incomoda, não transforma nem atrapalha os planos dos que detém o poder. Cito como exemplo a aprovação e descriminalização do aborto em muitos países. Onde a religião não interfere e não levanta sua voz profeticamente contra este crime, ela (a religião) é bem vinda, pois não atrapalha. Porém deixa de lado o valor da vida humana desde sua origem. Uma religião assim tão alheia à realidade histórica não é sinal nem presença do Reino de Deus, pois este, como vimos no Evangelho, cresce, se espalha e transforma a realidade. Em outras palavras, onde os cristãos se omitem, mesmo que sejam minoria, e não lutam pela defesa da vida e contra o aborto, estão na verdade abandonando a fé que professam e negando que o Evangelho, mesmo que oculto, deve ser anunciado como mensagem eficazmente transformadora.

Enfim, percebamos que somos todos chamados a testemunhar o Reino, mesmo que discretamente ou, em muitas realidades, integrando uma minoria. Mas a Palavra de Deus nos consola a incentiva, pois parece se importar mais com a qualidade do que com a quantidade daqueles que realmente vivem radicalmente a Boa Nova e se sentem seus mensageiros. Importa isso e a esperança que reside em seus corações, que os incentiva a viver a fraternidade na caridade. Somente assim continuam perseverantes no caminho de Jesus, pois estão certos de que “na terra está presente o Reino, mas em mistério” (cf. GS 39). Basta seguir e viver a simplicidade, o entusiasmo e a autenticidade dos cristãos dos primeiros tempos.

Que todos nós, cristãos, sejamos perseverantes no testemunho de vida cristã, mesmo em meio às dificuldades que o contexto atual nos impõe. É tempo de também levarmos o Reino de Deus num mundo tão necessitado dos valores que só o Evangelho pode dar.

Que o Senhor Deus da vida derrame sobre todos sua bênção!

Padre Marcos Radaelli

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SANTO EVARISTO

Caros leitores:

Como é de costume, lembramos neste blog os santos e santas de Deus, que nos deixaram seus testemunhos de fidelidade a Deus e de vida cristã autêntica.

É sempre bom recordarmos pessoas tão especiais que, através do exemplo que deixaram, nos estimulam a sermos nós também fiéis ao Cristo e segui-lo no hoje de nossa história.

A veneração aos santos, prática antiga na Igreja, não caracteriza um ato de idolatria, mas sim o reconhecimento daqueles que nos fazem perceber que vale a pena buscar e servir a Deus com toda a vida, com todo o coração. Nós veneramos tais pessoas, pois elas nos ajudam a ter certeza de que o culto de adoração somente a Deus podemos remeter.

Neste dia 26 de outubro, recordamos o exemplo de
Santo Evaristo. Vejamos um pouco de sua biografia:

No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da era cristiã e, portanto, muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele. Enquanto do anterior, Papa Clemente, temos muitos registros, inclusive de próprio punho como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto. Do Papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo, as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos Santos venerados no mundo católico. Naqueles tempos o título de "Papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão as informações, às vezes, se contradizem. Mas Santo Eusébio se mostra muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia. Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações consagrando dezessete sacerdotes, nove diáconos e quinze bispos, destinados a diferentes paróquias. Foi de sua autoria a divisão de Roma em vinte e cinco dioceses, a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote. Papa Evaristo morreu em 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas em Roma. (cf. Catolicanet)
SANTO EVARISTO, ROGAI POR NÓS!

domingo, 25 de outubro de 2009

JOVENS DA DIOCESE DE LIMEIRA CELEBRAM O SEU DIA (DNJ)

Caros leitores:

Neste Domingo, 25 de outubro de 2.009, acontece mais uma edição do Dia Nacional da Juventude (DNJ).

A data é comemorada em muitas dioceses brasileiras e tem por finalidade, além de celebrar a data dedicada aos jovens, chamar a atenção de toda a sociedade e deles mesmos para a importância de realmente os jovens lutarem terem garantidos todos os seus direitos e serem protagonistas da construção de um mundo melhor, mais conforme a vontade de Deus.

Para este ano, a Pastoral da Juventude escolheu como tema “Contra o extermínio da juventude. Na luta pela vida” e como lema “Juventude em marcha contra a violência”. Tema muito sugestivo, que vem de encontro com o atual contexto social brasileiro, no qual os jovens estão inseridos e diante do qual eles são chamados a tomar uma postura ativa e munida de princípios evangélicos.

Logo mais, por volta das 08h00, o encontro DNJ deverá ser iniciado com uma Santa Missa na Catedral de Limeira, presidida pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Reynaldo Ferreira de Melo. Depois da Missa, está prevista uma caminhada até o parque da cidade, onde os jovens poderão participar de todas as atividades por eles e para eles programadas.

Neste dia, elevemos ao Senhor nosso Deus uma prece fervorosa por todos os jovens que estão engajados em nossas comunidades, e por aqueles que ainda não encontraram o Cristo, para que sintam em seus corações o desejo de estar com o Mestre e colaborar com sua jovialidade na caminhada para o Reino.

Padre Marcos Radaelli

sábado, 24 de outubro de 2009

SANTA SÉ ANUNCIA DOCUMENTO SOBRE ACOLHIDA DE ANGLICANOS NA IGREJA CATÓLICA

Caros leitores:

De acordo com notícia publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Santa Sé anuncia novo documento sobre a acolhida de anglicanos na Igreja Católica.


O objetivo do documento, segundo informações, não será incentivar que padres anglicanos deixem sua Igreja ou mesmo suas tradições. Muito pelo contrário: deseja sem um meio de regulamentar e acolher aqueles que manifestarem, espontaneamente, o desejo de tornarem-se católicos e mesmo continuar exercendo o ministério, apesar de muitos deles não seguirem a disciplina do celibato.

Veja, na íntegra, matéria publicada pela CBNN:

"O Vaticano anunciou ontem, 20, que a Igreja Católica publicará uma Constituição Apostólica que trata da acolhida dos anglicanos que desejam aderir ao catolicismo, individualmente ou em grupos. De acordo com o novo documento, serão criados Ordinariatos Pessoais, que permitirão aos anglicanos que se tornam católicos manterem a identidade e especificidade espiritual e litúrgica próprias. Os padres, que na Igreja Anglicana são casados, poderão ser reconhecidos na Igreja Católica para continuar a exercer seu ministério.

“Como em geral os padres anglicanos são casados, a Constituição permite que, uma vez reconhecidos na Igreja Católica, eles conservem os laços conjugais em sintonia com o exercício do seu ministério”, explica o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, da CNBB, padre Elias Wolff.

“Os Ordinariatos Pessoais serão comunidades católicas formadas exclusivamente por pessoas que deixam a Igreja Anglicana e pedem para ser católicos. Esse é um fato que se intensificou, sobretudo a partir do final da década de 70”, afirmou o assessor. “A Igreja Católica não quer que as riquezas da formação cristã na tradição anglicana sejam abandonadas no caso de um anglicano se tornar católico. Por isso a Constituição Apostólica permite que os Ordinariatos Pessoais sejam presididos por ministros ordenados que já foram anglicanos, o que favorece o acompanhamento pastoral dos ex-anglicanos”, esclarece o assessor.

Segundo padre Elias, ao permitir que os anglicanos convertidos ao catolicismo conservem suas tradições litúrgicas e espirituais, o documento se coloca em sintonia com o Concílio Vaticano II, “que afirma a eclesialidade das tradições eclesiais oriundas das Reformas dos séculos XVI e XVIII”. Na opinião do assessor, a Igreja Católica não incentiva a conversão de anglicanos para o catolicismo, “mas se preocupa no modo de acolher os que querem se tornar católicos, valorizando riquezas da sua formação cristã na tradição anglicana”.

Ainda de acordo com padre Elias, o novo documento é fruto dos anos de diálogo entre católicos e anglicanos e manifesta que nas duas tradições eclesiais há significativas convergências e consensos, sobretudo em questões espirituais, litúrgicas e pastorais. “A nova Constituição não pode ser um obstáculo às relações ecumênicas, mas um incentivo para o reconhecimento dos elementos comuns existentes nas duas tradições e um impulso para o diálogo alcançar novas convergências e novos consensos”, observou.
Segundo o site da Rádio Vaticano, o arcebispo católico de Westminster, dom Vincent Gerard Nichols, e o bispo anglicano de Cantuária, Rowan Williams, leram juntos uma declaração conjunta concordando que “o anúncio põe fim a um período de incerteza para muitos grupos que nutriam esperanças por novas formas de abraçar a unidade com a Igreja Católica”.
(c.f. www.cnbb.org.br)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DIOCESE DE CATANDUVA TEM NOVO BISPO

Caros leitores:

Na última quarta-feira, o Santo Padre, Papa Bento XVI aceitou o pedido de renúncia por idade apresentado pelo bispo diocesano de Catanduva-SP, Dom Antônio Celso Queirós, e nomeou seu sucessor, Mons. Otacíliio Luziano da Silva.

Confira, na íntegra, a notícia publicada no SITE da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):

"O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 21, como novo bispo da diocese de Catanduva (SP), o padre Otacílio Luziano da Silva. Ele sucederá a dom Antônio Celso Queirós, que apresentou seu pedido de renúncia por idade, conforme o cânon 401 §1º do Código de Direito Canônico.
O novo bispo completará 55 anos no próximo dia 31. Nascido em Maracaí (SP), padre Otacílio foi ordenado presbítero no dia 6 de dezembro de 1987 na diocese de Assis (SP). Atualmente é reitor do Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus, curso de filosofia, da diocese de Marília.
Formado em parapsicologia latu sensu pelo Centro Latino-americano de Parapsicologia, em São Paulo, padre Otacílio foi pároco nas paróquias de São José, em Florínea; Santo André, em Tarumã; Nossa Senhora da Boa Esperança, em Lutécia; Nossa Senhora do Carmo, em Oscar Bressane; São Sebastião, em Palmital. Além disso, exerceu o cargo de reitor do Seminário Menor São José, em Assis; vigário geral da diocese de Assis. Foi membro do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores da diocese de Assis.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da assessoria de imprensa, saúda o novo bispo, desejando-lhe êxito na nova missão, e agradece o trabalho e a dedicação de dom Celso Antônio Queirós o frutuoso trabalho de nove anos à frente da diocese de Catanduva.
Dom Celso tem uma história de grandes serviços à Igreja no Brasil. Ordenado bispo auxiliar de São Paulo em 1975, foi transferido para Catanduva, em 2000, tornando-se seu primeiro bispo. Foi secretário geral da CNBB por dois mandatos (1987-1994) e também vice-presidente (2003-2007). Além disso, foi membro da Comissão Episcopal de Pastoral, linha 1 da CNBB; Delegado da CNBB junto ao CELAM (1995-1998); Delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo II (1997). Atualmente é o bispo responsável pelo Setor Leigos na Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB
". (cf. http://www.cnbb.org.br/)

Rezemos por Dom Celso, que encerra seu governo pastoral na Diocese de Catanduva, a fim de que permaneça firme no serviço à Igreja. Peçamos também pelo Mons. Otacílio, que será ordenado novo bispo diocesano, para que seja sempre fiel em sua nova missão e, no meio de seu povo, seja verdadeira presenã do Cristo Bom Pastor.

Padre Marcos Radaelli

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TERMINA HOJE O II ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA DIOCESE DE LIMEIRA

Caros leitores:

Está previsto para hoje, 22 de outubro de 2.002, o encerramento do II ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA DIOCESE DE LIMEIRA.

Segundo informações, o término deverá acontecer por volta das 12h00 com um almoço de confraternização entre todos os padres participantes que, depois, retornam às atividades normais em suas comunidades paroquiais.

O encontro, que acontece 2 vezes ao ano, teve início na última segunda-feira, 19 de outubro, na casa de encontros dos Capuchinhos, em São Pedro – SP, e está tendo como tema a “GESTÃO PAROQUIAL”, abordando assuntos referentes à administração paroquial em suas linhas gerais. O assessor do encontro é o Padre Allem, da congregação dos Claretianos.

Nestes dias, estiveram reunidos cerca de 70 sacerdotes da Diocese de Limeira, vindos de todas as paróquias da mesma, junto com seu bispo diocesano, Dom Vilson Dias de Oliveira. De acordo com a programação, os participantes tiveram palestras durante o período da manhã e tarde.

Rezemos por nossos padres, a fim de que permaneçam fiéis ao Cristo e à missão de pastorear o rebanho do Senhor.

Padre Marcos Radaelli

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SANTA ÚRSULA E COMPANHEIRAS

Prezados leitores deste blog:

Neste dia 21 de outubro, a Igreja celebra a memória facultativa de SANTA ÚRSULA E SUAS COMPANHEIRAS, e assim coloca mais uma vez em evidência o exenplo de uma santa mulher na busca de viver corajosamente o ideal da vida cristã.

Vejamos, a seguir, um pouco de sua biografia:

"Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo aos princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza se espalhou e logo os pedidos de casamento sugiram. Mas, por motivos políticos, seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo. Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência à seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos. Período que achou suficiente para o duque se converter, ou desistir da aliança. Para isso rezava muito junto com suas damas da corte. Mas parecia ser um matrimônio inevitável. Na época acertada a uma expedição, com dois navios, partiu levando Úrsula e suas damas. Eram jovens virgens como ela e se casariam também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus. As lendas e tradições falam em onze mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram onze meninas. O fato real e trágico foi que, navegando pelo rio Reno, quando chegaram em Colônia, na Alemanha, a cidade estava sob o domínio do exército de Átila, rei dos hunos, povo bárbaro e pagão. Logo os soldados hunos mataram todos da comitiva e das virgens, apenas Úrsula escapou, pois Átila ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Mas, a custo da própria vida, Úrsula o recusou dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio ele pessoalmente a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma linda igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras. Na idade média a italiana Ângela de Mérici, leiga e terciária franciscana, fundou uma congregação de religiosas chamada Companhia de Santa Úrsula destinada à formação cristã das famílias através da educação das meninas, futuras mães em potencial. Um avanço para as mulheres, pois até então só os homens eram contemplados com a instrução. A fundadora escolheu a Santa Úrsula como padroeira após uma visão que teve. Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela celebrada em 27 de janeiro, estão presentes nos cinco continentes. Com isto a festa de Santa Úrsula, no dia 21 de outubro, se mantem sedimentada e muito robusta em todo o mundo católico" (cf. catolicanet.com.br)

SANTA ÚRSULA, ROGAI POR NÓS!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Santa Maria Bertilla Boscardin

Caros leitores:

Como é de costume, na medida do possível tornamos presente a memória de muitos santos e santas de Deus. Muitos dele estão presentes e são festejados apenas nas regiões de maior veneração. É o caso de Santa Maria Bertilla Boscardin. Vejamos um pouco de sua biografia, trazida por um site católico:


"Santa Maria Bertilla Boscardim, nasceu no dia 06 de outubro de 1888, em Gioia di Brendola, Vicência, foi batizada com o nome de Ana Francisca. Desde sua meninice dedicou-se aos trabalhos do campo, ajudando aos pais, este era o caminho de qualquer menina vêneta, antes que as indústrias chegassem. Com 17 anos Ana Francisca teve a permissão de seguir a própria vocação religiosa ingressando nas Mestras de Santa Dorotéia em Vicência. Lá fez o noviciado e emitiu os primeiros votos temporários. Deixou em seguida Vicência e foi para Treviso trabalhar no hospital, onde prestou o seu humilde e ativo serviço. Conseguiu seu diploma de efermeira para tornar-se mais útil aos doentes, que assistia também de noite, tomando a vez de suas co-irmãs.Escreveu no diário: "Quero ser a serva de todos - Quero trabalhar, sofrer e deixar toda a satisfação aos outros". e ainda: "Devo considerar-me a última de todas, portanto contente em ser passada para trás, indiferente a tudo, tanto às reprovações como aos elogios. As ocasiões de sofrimento nunca lhe faltaram. Aos 22 anos, foi operada de tumor. Retornou às costumeiras ocupações suportando aumento de trabalho durante a primeira guerra mundial. Por causa causa dos bombardeios, os doentes foram transportados para Brianza e irmã Bertilla os seguiu. Mas em Viggiu foi designada para a lavanderia, sofrendo e chorando às escondidas. Quando retornou a Treviso um ano depois entre seus doentes, seu mal agravou-se e após uma segunda intervenção cirúrgica, morreu no dia 22 de outubro de 1922, com apenas trinta e quatro anos."É humilde camponesa -disse dela o Papa Pio XII, por ocasião da beatificação, a 8 de junho de 1952. Figura puríssima de perfeição cristã, modelo de recolhimento e de oração, que durante a vida teve uma união com Deus profunda no silêncio, no trabalho, na oração, na obediência. Daquela união vinha a especial caridade que ela demonstrava para com os doentes, médicos, superiores, enfim, para com todos." Foi canonizada pelo Papa João XXIII a 11 de maio de 1961" (cf.: catolicanet.com.br)


SANTA MARIA BERTILLA BOSCARDIN, ROGAI POR NÓS!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

INICIA HOJE O II ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA DIOCESE DE LIMEIRA - "GESTÃO PAROQUIAL" SERÁ O TEMA

Caros leitores:

Tem início hoje, 19 de outubro de 2.009, o II ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DA DIOCESE DE LIMEIRA.

O encontro acontece duas vezes ao ano e tem por objetivo oferecer aos sacerdotes a oportunidade de atualizar ou incrementar seus conhecimentos.


Normalmente o tema abordado está relacionado à Teologia ou prática pastoral da Igreja. Neste ano, o encontro terá como tema “GESTÃO PAROQUIAL” e as palestras serão ministradas pelo Padre Allem, pertencente à congregação dos Claretianos.

De acordo com a programação, local do encontro será a Casa dos Padres Capuchinhos, na cidade de São Pedro, e o seu início está previsto para as 12h00 de hoje.

Rezemos ao Senhor por todos os nossos sacerdotes para que, aprofundando seus conhecimentos, continuem dispostos a servir integralmente ao povo cujo pastoreio lhes é confiado.

Padre Marcos Radaelli

domingo, 18 de outubro de 2009

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2009 (18 outubro) - AS NAÇÕES CAMINHARÃO À TUA LUZ" (Ap 21,24)

Caros leitores:

Hoje, 18 de outubro, 29º Domingo do Tempo Comum, a Igreja comemora o DIA DAS MISSÕES.


No dia 10 passado, publiquei um pequeno texto, de minha autoria, sobre a importância desta data. O mesmo está ainda disponível no blog.


Neste dia, gostaria de tornar presente a mensagem do Santo Padre, Papa Bento XVI para a ocasição:

Queridos irmãos e irmãs,Neste domingo dedicado às missões, dirijo-me antes de mais a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também a vós, irmãos e irmãs do Povo de Deus, para vos exortar a reavivardes a consciência do mandato missionário de Cristo, a fim de fazer com que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28, 19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios."As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objectivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n'Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos só que nos seja dado servir toda a humanidade, sobretudo a mais sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade" (Evangelii Nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris Missio, 2).1. Todos os Povos são chamados à salvação Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, em quem e só em quem ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as torna participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se entre contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isso, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve tornar-se uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso urgente e inadiável.2. Igreja peregrinaToda a Igreja, sem confins e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cf. Evangelii Nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais confinadas à existência temporal, mas abarcam a salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cf. Evangelii Nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cf. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo o ser humano. A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e ... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus Caritas est, 39). Esta é a missão e serviço em que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.3. Missão ad gentesA missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, de fraternidade, união e paz (cf. Ad Gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (Evangelii Nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade actual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cf. Act 18, 10). De facto, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, de todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar"(Act 2, 39).Toda a Igreja se deve empenhar na missão ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não estiver plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submetido" (Heb 2,8).4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até à prisão, à tortura e à morte. Não são poucos aqueles que nos últimos anos morreram por causa do seu "Nome". É ainda de grande actualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor, o Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo Millennio Ineunte, 41).A participação na missão de Cristo, de facto, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-se do que vos disse: nenhum servo é maior que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão-de perseguir " (Jo 15, 20). A Igreja faz o mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou usando a força, mas seguindo o caminho da Cruz e fazendo-se, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade. Às Igrejas antigas como às de recente fundação, recordo que são constituídas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até aos extremos confins da terra. A missão ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais. Para as Obras Missionárias Pontifícias vai o meu agradecimento e encorajamento pelo seu indispensável trabalho de animação, formação missionária e ajuda económica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, realiza-se de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum programação missionária. 5. ConclusãoO impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cf. Redemptoris Missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cf. Redemptoris Missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e que ajudem os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição. Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal credível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está a viver, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade. Sirva-nos de guia em nossa acção missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que Ele leve a salvação "até aos confins da terra" (Act 13, 47).
A todos, a minha BênçãoCidade do Vaticano, 29 de junho de 2009.
Benedictus PP. XVI

sábado, 17 de outubro de 2009

SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, BISPO E MÁRTIR - memória

Caros leitores:

Hoje celebramos a memória de SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, bispo e mártir.

Conta sua biografia que Inácio foi sucessor do Apóstolo São Pedro quando assumiu o governo da Igreja de Antioquia.

Por sua atuação cristã em meio às violentas perseguições contra a Igreja em suas primeiras décadas de existência, acabou sendo condenado à morte. Foi conduzido para Roma, onde foi martirizado por volta do ano 107 d.C.

Durante a viagem para Roma, já condenado, o santo escreveu várias cartas para algumas Igrejas. As mesmas revelam sua erudição e grande sabedoria. Elas falam de Jesus Cristo e das estruturas eclesiais. Além disso, uma das marcas de seus escritos é a forma com que apresentam os fundamentos da vida cristã autêntica.

A Igreja celebra sua memória desde o século IV, culto iniciado em Antioquia, onde fora bispo antes de receber a coroa do martírio.

ORAÇÃO
Deus eterno e todo poderoso, que ornais a vossa Igreja com o testemunho dos mártires, fazei que a gloriosa paixão que hoje celebramos, dando a Santo Inácio de Antioquia a glória eterna, nos conceda contínua proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, ROGAI POR NÓS!

Padre Marcos Radaelli

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SANTA EDVIGES, religiosa, e SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE, religiosa - (memórias facultativas)

Caros irmãos(as):

Neste 16 de outubro nos alegramos com a celebração da memória facultativa de duas santas da Igreja: SANTA EDVIGES, religiosa, e SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE, virgem.

Vejamos uma breve biografia destas duas mulheres cujo testemunho de vida cristã serve de inspiração para que também busquemos ao Cristo de todo coração:

1) Santa Edviges: “Nasceu na Baviera (Alemanha), cerca do ano 1.174; foi dada por esposa ao príncipe da Silésia e teve sete filhos. Levou uma vida de fervorosa piedade e dedicou-se generosamente à assistência aos pobres e doentes, para os quais fundou vários albergues. Quando morreu seu marido, entrou no mosteiro de Trebniz (Polônia) e aí morreu em 1.243”. (cf. Lit. das Horas, IV, p. 1383)


2) Santa Margarida Maria Alacoque: “Nasceu em 1.647 na diocese de Autun (França). Acolhida entre as Irmãs da Visitação de Paray-le-Monial, progredia de modo admirável no caminho da perfeição. Teve revelações místicas, particularmente sobre a devoção ao Coração de Jesus, e contribuiu muito para introduzir o seu culto na Igreja. Morreu a 17 de outubro de 1.690”. (cf. Lit. das Horas, IV, p. 1385)

Neste dia, agraciados com o exemplo destas santas mulheres, cujo itinerário de vida espiritual revela intensa interioridade mística e prática de caridade, peçamos que elas intercedam por nós, a fim de que, em nosso tempo, busquemos amar a Deus sobre todas as coisas.

SANTAS EDVIGES E MARGARIDA MARIA ALACOQUE, ROGAI POR NÓS!

Padre Marcos Radaelli

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

NOTA DE FALECIMENTO: Dom Frei Antônio do Carmo Cheuiche, OCD

Caros leitores:

Faleceu nesta quarta-feira, dia 14 de outubro de 2.009, o bispo auxiliar emérito de Porto Alegre, Dom Frei Antônio do Carmo Cheuiche, OCD.


Rezemos por seus familiares e por toda a Arquidiocese de Porto Alegre, entristecidos pela morte deste servo do Senhor.


Segue, na íntegra, a nota de falecimento publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil através de seu Secretário Geral, Dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro:


"“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte da água vivificante. Eu serei o seu Deus e ele será o meu filho” (Ap 21,6-7)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil recebeu com pesar a notícia do falecimento do bispo auxiliar emérito de Porto Alegre, Dom Frei Antônio do Carmo Cheuiche, OCD, ocorrido na madrugada desta quarta-feira, 14 de outubro.
Reconhecido pelo seu amor à arte e à cultura, Dom Cheuiche foi um dádiva de Deus para a Igreja do Brasil e da América Latina. Sua presença e reflexão sempre apontaram para uma Igreja inculturada, aberta e atenta às grandes questões da contemporaneidade. Identificado com o Cristo na simplicidade e na ternura, fazia-se próximo de todos quantos o procuravam.
A Igreja no Brasil será sempre grata a Dom Cheuiche que, nos seus 40 anos de ministério episcopal, prestou inúmeros serviços, especialmente como bispo auxiliar de Santa Maria e de Porto Alegre. Autor de vários livros, foi também membro da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja.
Inspirados na fé, podemos dizer que Dom Cheuiche teve a graça de ser chamado à Casa do Pai às vésperas da festa de Santa Tereza de Ávila, figura exponencial da família carmelita à qual também pertenceu nosso estimado irmão. Console a todos a palavra do Cristo que disse: “Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá” (Jo 11, 25).
Brasília, 14 de outubro de 2009

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB
"

DAI-LHE, SENHOR O DESCANSO ETERNO! E BRILHE PARA ELE A VOSSA LUZ!

SANTA TERESA DE JESUS - VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

Irmãos e irmãs:

Hoje, 15 de outubro, celebramos a memória de uma grande mulher: SANTA TERESA DE JESUS, virgem e doutora da igreja.

Santa Teresa é de origem espanhola, precisamente de Ávila. Em muitos lugares é também chamada de Santa Teresa D´Ávila. Não se sabe exatamente o dia de seu nascimento, porém teria nascido em 1515.

Sentindo-se atraída pelo ideal da vida religiosa, ingressou na Ordem das Carmelitas. Grande era sua piedade e sólida sua espiritualidade. É notável como ela decidiu-se e fez significativos progressos na busca da perfeição cristã. Tamanha era sua entrega a Deus, que ela recebeu revelações místicas.

Santa Teresa de Jesus teve um papel fundamental na reforma de sua Ordem religiosa, o que lhe rendeu muitas tribulações. Mas nem por isso desistiu e enfrentou todas as barreiras ou dificuldades com surpreendente coragem, revelando-se uma mulher forte e fiel a seus propósitos.

Ela deixou algumas obras, cujo conteúdo expõe uma profunda doutrina o que, acredita-se, só foi possível em virtude das revelações e experiências místicas da santa. Seus escritos até hoje são procurados, lidos, estudados não só pelos que fazem parte de sua Ordem religiosa, mas por muitos cristãos que procuram um encontro ou experiência mística com Deus.

Esta grande santa da Igreja terminou sua peregrinação neste mundo no ano 1.582, em Alba de Tormes, na Salamanca.

Neste dia, oremos por todas as ordens religiosas que seguem a espiritualidade carmelita, seja nas comunidades masculinas ou femininas. É numeroso o grupo daqueles e daquelas que, abraçando este ideal de vida cristã, procuram, a exemplo de Santa Teresa, viver fiel e profundamente a fé e a comunhão mística com Deus.

ORAÇÃO
Ó deus, que pelo Espírito Santo fizestes surgir Santa Teresa para recordar à Igreja o caminho da perfeição, dai-nos encontrar sempre alimento em sua doutrina celeste e sentir em nós o desejo da verdadeira santidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

SANTA TERESA DE JESUS, ROGAI POR NÓS!

Padre Marcos Radaelli

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SÃO CALISTO I - PAPA E MÁRTIR DA IGREJA (memória facultativa)

Caros leitores:

Neste dia 14 de outubro, a Igreja celebra a memória facultativa de SÃO CALISTO I, papa e mártir.

A data de seu nascimento é desconhecida, mas sabe-se que ele morreu por volta de 222 d.C. Também se desconhece muito dados de sua história. Acredita-se que ele tenha vivido anos como escravo na região de Sardenha, e isso por alguma penalidade que lhe fora imposta. No entanto, contando com a caridade e coragem dos cristãos ainda da Igreja em seu período antigo.

Tempos depois, o Papa Zeferino elegeu para a função de diácono. Não muito tempo depois, foi eleito papa, assumindo a responsabilidade de governar toda a Igreja.

Calisto I foi papa ainda no período em que muitos cristãos eram mortos por causa da perseguição investida pelo Império Romano. Uma de suas atitudes foi organizar os cemitérios cristãos, até mesmo para dar uma digna sepultura e preservar a memória dos mártires.

Também no campo doutrinal ele precisou intervir, sobretudo nas heresias contra o mistério da Santíssima Trindade. Ainda estavam no período em que a doutrina cristã católica ia aos poucos tomando forma ou sistematização.

Quanto as questões morais, Calisto preferiu um caminho mais de compreensão que de punição e imposição de penas. Ele teria declarado que todos os pecados poderiam ser perdoados, até mesmo o pecado da apostasia. No entanto, cabia à Igreja perdoar, cumprindo o que o Senhor mesmo ordenou, desde que o pecador manifestasse verdadeiro arrependimento. Ainda no campo da moral, ele afirmou que as diferenças sociais não eram impedimento para a celebração válida do matrimônio cristão, mesmo que o matrimônio civil o fosse.

Muitos, inclusive dentro da Igreja, não tinham empatia com o pensamento do Papa Calisto I, chamando-o até de antipapa. Mesmo assim ele permaneceu fiel e intrépido à sua missão. É venerado na Igreja como mártir, unido a tantos cristãos que derramaram seu sangue pelo Evangelho e cuja memória ele mesmo sempre venerou.

ORAÇÃO
Ouvi, ó Deus, com bondade, as preces do vosso povo e dai-nos o auxílio do Papa São Calisto, cujo martírio hoje celebramos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

SÃO CALISTO, PAPA E MÁRTIR, ROGAI POR NÓS

Padre Marcos Radaelli

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A AJUDA À IGREJA QUE SOFRE RECEBERÁ VISITA DA SANTA SÉ

Caros leitores:

Segundo informações, a AJUDA À IGREJA QUE SOFRE (AIS), solicitou uma visita da Santa Sé, que deverá acontecer a partir de dezembro próximo.

A visita será feita por um representante da Congregação para o Clero, que deverá ser Dom Manfred Crothe, originário da Alemanha e bispo auxiliar da Diocese de Paderborn.

A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) é uma associação internacional pública de direito pontifício que tem por meta arrecadar fundos para auxiliar cristãos católicos no mundo inteiro, sobretudo os que passam por mais dificuldades, uma vez que inseridos em realidades marcadas pela miséria e pela fome. Atualmente, a AIS possui 17 secretarias em vários países.

O objetivo da visita é um pedido de ajuda remedido pela própria AIS à Santa Sé no que diz respeito a seus aspectos institucionais, conformando-os com o Código de Direito Canônico. Para os seus dirigentes, a solução de tais questões é muito importante para o bom desenvolvimento de suas ações futuras, sempre correspondendo também às linhas espirituais idealizadas por seu fundador, o Padre Werenfried van Straaten, falecido em 2.003.

O estatuto em vigor foi aprovado pela Santa Sé em 1.989, ainda durante do pontificado do Papa João Paulo II. Atualmente, a instituição tem como presidente o Padre Joaquim Alliende que deverá também trabalhar na revisão da redação estatutária.

Para os envolvidos e sobretudo para a Santa Sé, a visita é uma grande oportunidade de rever e reafirmar a função e os objetivos da associação, em conformidade com os o Código de Direito Canônico, mas também de adaptar sua ação às mudanças sociais e culturais ocorridas desde a sua fundação.

Peçamos ao Senhor por esta importante obra realizada por todos os que pertencem à AIS, a fim de que, discernindo com sabedoria e à luz do Espírito Santo seu próximos passos, perseverem no exercício da solícita caridade aos católicos que sofrem muitas privações, sobretudo materiais, e nos incentive a também ser generosos no auxílio a todos que precisam.

Padre Marcos Radaelli

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - PADROEIRA DO BRASIL

Caros leitores:

Hoje é dia 12 de outubro, um dia muito querido pelo povo católico do Brasil: celebramos solenemente a Padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja devoção se faz presente de norte a sul desta terra de proporções continentais, em todas as camadas sociais e inúmeras famílias.

Toda esta história, digamos, já integrada na história do Brasil, iniciou-se em 1.717, período em que o país vivia ainda sob a chaga da escravatura, tempo em que os africanos ou afro-descendentes negros para cá eram trazidos e submetidos a trabalhos duros impostos por seus senhores donos das fazendas.

Em meados do mês de outubro do ano de 1717, três simples pescadores foram pescar nas margens do Rio Paraíba. Seus nomes eram: Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves. Eis que, ao lançarem as redes na água para a pesca, encontraram ali uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. O fato aconteceu nos arredores do lugar denominado “Porto do Itaguassu”, onde hoje existe a cidade de Aparecida do Norte – SP. Um dos pescadores, vendo que se tratava de uma imagem que retratava a Mãe de Jesus, levou-a consigo para sua residência, onde ela permaneceu por 15 anos, ou seja, até 1.732. Este homem era o pescador Filipe que, depois desse tempo com a imagem, entregou-a a seu filho Atanásio. Como eram de família católica e devotos de Maria, resolveram edificar um pequeno oratório para guardar a pequenina imagem, que ai permaneceu por onze anos.

Neste tempo, já começava, de modo bem discreto, a crescer a devoção à Nossa Senhora naquela região. O povo simples que ali residia reunia-se, normalmente aos sábados, para rezar a oração do terço.

Mas algo inesperado começou a acontecer, diante da fé e da devoção daquele povo. Começaram a acontecer alguns milagres em torno da pequena imagem. Quanto mais eles ocorriam, mais os fatos eram divulgados e muitas pessoas acorriam ao local. Não demorou para que a chamassem de NOSSA SENHORA APARECIDA, título até hoje conservado no coração do povo devoto.

Com a afluência de devotos, foi necessária a construção da primeira capela a ela dedicada. Sua inauguração aconteceu no dia 26 de julho de 1.745. Tempos depois, no entanto, até mesmo esta pequena capela tornou-se insuficiente para abrigar satisfatoriamente os fiéis. Quase um século depois, povo da redondeza resolveu, em meados de 1.842, construir um novo templo. Este, bem maior, demorou para ter suas obras concluídas. Foram 42 anos de muito trabalho para, aos poucos, edificar uma igreja que fosse digna de acolher a pequenina imagem da Mãe do Senhor e abrigar em suas dependências os fiéis que já vinham em maior quantidade e de locais mais distantes. A solene inauguração da Igreja aconteceu no dia 8 de dezembro de 1.888, pouquíssimo tempo depois da assinatura da “Lei Áurea”, que libertou todos os escravos do país, mas não garantiu, ainda até hoje, a devida dignidade aos afro-descendentes.

Alguns anos depois, em 1.893, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, então bispo diocesano de São Paulo, tomou a iniciativa de elevar à qualidade e dignidade de “Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida” aquele templo há pouco inaugurado pelo povo da redondeza. Com todos esses eventos, a devoção ia crescendo ainda mais, até chegar àquilo que em nossos dias toda a nação testemunha: centenas de milhares de fiéis devotos acorrem à Aparecida.

Mas os fatos não aparam por ai. O Papa São Pio X ordenou que a pequena imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida fosse solenemente coroada. A cerimônia de coroação aconteceu no dia 8 de setembro de 1.904, data em que hoje a Igreja no mundo todo celebra a Natividade de Nossa Senhora. Passados quatro anos, foi concedida ao santuário, durante solene celebração no dia 29 de abril de 1.908, o título de Basílica Menor.

Neste período, a devoção à Nossa Senhora Aparecida já se tornara conhecida em praticamente todo o território nacional. Mas sua proclamação como Padroeira do Brasil aconteceu sob declaração do Papa Pio XI aos 16 de julho de 1.930. De acordo com documentos da época, o objetivo era facilitar aos fiéis obterem bens espirituais e aumentar ainda mais o culto à Nossa Senhora.

Durante a década de 60 do século XX, o Papa Paulo VI ofereceu uma “Rosa de Ouro” à Igreja Basílica Menor de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Já haviam sido iniciadas as obras da atual Basílica Nacional (ainda não concluídas) a Ela dedicada.

No dia 4 de julho de 1.980, durante visita ao Brasil, o Papa João Paulo II dedicou solenemente o novo templo. Recentemente, em 2.007, durante os eventos de inauguração da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, a igreja nova recebeu a visita de S. Santidade, o Papa Bento XVI, que repetiu o gesto de oferecer à Nossa Senhora a “Rosa de Ouro”.

Todas os dias, mas sobretudo aos sábados e domingos, grande multidão de fiéis marcam presença neste que é um dos maiores Santuários Marianos do mundo. São pessoas oriundas de muitos lugares, gente rica ou pobre, trabalhadores, desempregados, idosos, jovens, crianças, e muitos outros que para lá se dirigem, quer para suplicar ao Senhor Jesus por intermédio de sua Mãe, quer para agradecer as muitas graças que obtiveram pela intercessão da Senhora Aparecida.

Neste dia tão esperado e celebrado em todo o país, elevemos também nós uma fervorosa prece a Nossa Senhora, invocada com o título de Aparecida, por todo o povo Brasileiro, pela Igreja aqui presente, para que a intercessão eficaz da Mãe seja o socorro para todos os que carregam em seus corações suas intenções, pedidos, projetos, desafios e esperanças.

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, ROGAI POR NÓS!

Padre Marcos Radaelli


ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA
DA CONCEIÇÃO APARECIDA:
Ó Maria Santíssima, que em vossa querida imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, cheio (a) do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado (a) a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis. Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção. Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte.Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade.”Assim seja!